Livros adquiridos em 2023 (Parte I)
Livros adquiridos em 2023 |
Entre fevereiro e abril, adquiri seis novos livros e ganhei um de presente. Segue a relação deles e um breve comentário sobre cada um dos livros.
1. GROPPO, Luís Antonio. Introdução à sociologia da juventude. Jundiaí: Paco Editorial, 2017. 164 p.
Este primeiro livro foi adquirido para estudar para um concurso público.
2. PROUDHON, Pierre-Joseph. Da capacidade política das classes trabalhadoras. Tomo I. Tradução Edivaldo Pereira da Silva. Revisão técnica Plínio Augusto Coêlho. São Paulo: Intermezzo, 2019. 208 p.
Este era algo de desejo meu há bastante tempo e servirá para continuar os meus estudos sobre o autor, além de ser um clássico da tradição anarquista e sindicalista revolucionária.
3. PEARLMAN, Freddy. A reprodução da vida cotidiana. Coleção Textos Exemplares 1. Tradução e revisão Ferreira da Silva. Porto: José M. C. Sousa Ribeiro, 1973. 48 p.
O terceiro foi uma compra quase que por fetiche literário. Li esse livro em sua versão online, nos anos 2000, na saudosa Biblioteca Virtual Revolucionária, e realmente desejava tê-lo impresso. Pearlman realiza uma explicação didática da teoria da reprodução social e da alienação a partir de uma perspectiva marxista.
4. NOGUEIRA, Oracy. Pesquisa social: introdução às suas técnicas. Coleção Biblioteca Universitária, Série 2ª (Ciências Sociais), Vol. 26. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1964. 212 p.
Esse é um manual de pesquisa escrito por um experiente sociólogo paulista. O seu conteúdo foi publicado de maneira seriada no jornal Correio Paulistano entre o final dos anos 1940 e início dos anos 1950. O meu primeiro contato com este livro foi pela leitura no referido jornal, acessível por meio do site da Biblioteca Nacional.
5. DE MARCOS, Valeria; FABRINI, João Edmilson. Coleção Geografia em Movimento. São Paulo: UNESP; Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2010. 152 p.
Na década de 2010, travei contato com este livro, tendo impresso o capítulo no qual é abordada as perspectivas coletivistas e comunistas da tradição anarquista. O adquiri como referência para o meu projeto sobre a relação entre anarquismo e questão agrária. O livro traz um bom apanhado das experiências de coletivização da produção camponesa. Contudo, a parte sobre a ampla tradição anarquista é a que ocupa menos lugar no livro. Senti falta de um maior desenvolvimento sobre a perspectiva de Bakunin sobre o campesinato e a coletivização da terra, assim como uma análise mais aprofundada das experiências de coletivização durante a Guerra Civil Espanhola. No mais, vale como um compêndio das experiências de coletivização, principalmente aquelas orientadas pela política e teoria marxista no século XX.
6. BRANDÃO, Tanya Maria Pires. O escravo na formação do Piauí: perspectiva histórica do século XVIII. Teresina: EDUFPI, 2015. 215 p.
Adquiri esse livro como parte das minhas pesquisas para entender a formação do campesinato piauiense, fenômeno que não pode ser satisfatoriamente compreendido sem recorrer à escravidão.
7. CASTRO, Celso (Org.). Além do cânone: para ampliar e diversificar as ciências sociais. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2022. 320 p.
Este foi um presente da minha companheira. Neste livro, Castro apresenta cientistas sociais invisibilizados nos campos da sociologia e da antropologia. O livro contribui para pensar o que é o cânone, o que o institui, como ele é reproduzido e quais os seus efeitos para a formação de cientistas sociais. Penso que ele funciona à maneira do Contra-história da filosofia, de Michel Onfray, trazendo à tona pensadoras e pensadores a partir dos quais é possível contar uma outra história das ciências sociais e fazer uma outra ciência social.
Raphael Cruz
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